A palavra "letramento" começou a ser utilizada quando o conceito de "alfabetização" se tornou insuficiente. É insuficiente ser apenas alfabetizado no meio da geração Z. Sem a leitura, o homem se torna um ser alienado.
"Letramento" é uma palavra de origem latina, é o resultado de "tornar-se letrado", de aprender e ensinar as práticas de escrita e leitura (isso é totalmente diferente de aprender a ler e escrever; um é o domínio de uma tecnologia, outro é um resultado consequente da apropriação e das práticas sociais da tecnologia adquirida).
Sendo assim, o que é "alfabetização"? "Alfabetização" é o simples ato de ensinar e aprender a ler e escrever. Um indivíduo pode ser alfabetizado, porém desletrado (pode saber ler e escrever, contudo não utiliza socialmente a escrita e a leitura), e vice-versa. Todo e qualquer professor tem a função de letrar o aluno.
No Brasil, as pessoas seguem o típico exemplo "alfabetizado desletrado"; os brasileiros, simplesmente, não leem! Isso tudo porque a população não tem acesso à leitura: a criança é alfabetizada, mas não tem dinheiro nem mesmo para comprar um simples gibi! Mais do que esclarecido que o sistema de alfabetização no nosso País é, no mínimo, ruim.
O verbo "ler" é de origem latina e significa, no geral, "captar com os olhos". É preciso saber ler bem até de mais, sem sombra de dúvidas, pois a leitura é uma via do processo de construção do conhecimento, além de ser um exercício ótimo para a saúde da mente. A leitura nos faz construir nosso próprio conhecimento, nosso próprio entendimento, nossa própria visão. O hábito da leitura deve ser estimulado desde a infância para que a criança adquira conhecimento e vocabulário, já que as tecnologias do século XXI estão sendo apresentadas ao público infantil tão precocemente. Da maneira ideal, a leitura se torna uma ótima brincadeira para a criança, e não uma tortura chinesa de letrinhas. E deve ser estimulada desde quando a criança está em casa; infelizmente, muitas crianças só tem contato com a literatura quando estão na escola. É sempre bom deixar o aluno livre, em contato com os livros, mas nunca cobrando-o, para que ele usufrua da lteratura e encontre seu caminho literário.
A escrita tem sua origem com os sumérios, povo da Mesopotâmia, porém a necessidade de comunicação veio bem antes, com os homens pré-históricos e as pinturas rupestres.
Primeiro vieram os neanderthais com a pintura rupestre. Depois, os sumérios com a escrita cuneiforme. Ao mesmo tempo, os egípcios antigos desenvolveram as escritas hieroglífica e demótica. Logo em seguida, os fenícios criaram o primeiro alfabeto da história. Logo depois vieram os gregos e seu próprio alfabeto. E depois, os romanos com o alfabeto apenas maiúsculo. E assim a escrita foi indo até chegar ao que ela é nos dias de hoje.
O emprego da escrita variou com os anos. No início, o emprego da escrita era pobre e restrito, e com o tempo, pouco a pouco, tornou-se mais utilizada e acessível; logo, a escrita passou a substituir a memória. A representação da linguagem oral passou a substituir as lembranças.
A escola não deve apenas alfabetizar o aluno; ela deve ensiná-lo a produzir textos de acordo com cada contexto. As crianças chegam à escola com uma certa compreensão sobre o que é ler e escrever (isso tende a mudar de criança para criança), e o professor tem o dever de transformar e moldar isso sem fazer o conhecimento perder seu sentido original, ensinar os valores das palavras, o quanto elas são importantes para o homem, porque é delas que nos utilizamos para (re)passar o que sabemos e conhecemos.
Portanto, devemos desenvolver uma "cultura de leitura", pois apenas dessa maneira nós seremos formadores de opinião (e teremos opinião) em qualquer ambiente que estivermos.
AMANDA D'AURIZIO TEIXEIRA ---------- B70540-0